domingo, 25 de dezembro de 2011

O FIM

Mais rápido do que eu esperava, 2011 chegou ao fim. Ninguém melhor para falar disso do que o Google. Isso mesmo, o vídeo de retrospectiva de 2011 do Google saiu semana passada e como eu sou sempre atrasada, venho lhes contar só depois, e conseguiu fazer milhares de pessoas chorarem, assim como fizeram com o de 2010. Só não o considerei perfeito porque faltou algumas coisas, como por exemplo, a morte do Gadaffi, que foi mais marcante que a repercussão da acontecida Friday da Rebecca Black.



Mas eu gostaria de aproveitar a oportunidade de comentar sobre o ano de 2011 e agradecer a algumas pessoas. Algumas não, milhares. 

O ano de 2011 foi, disparado, o melhor da minha vida. Além de eu poder ter tido a chance de participar de um programa de intercâmbio, eu tive a chance de conhecer tanta gente diferente, nova, que mudou a minha vida. Esse ano foi basicamente o ano em que minha vida mudou, completamente. E posso dizer, que, essa experiência em que estou vivendo, contém 80% da mudança. Tudo em que estou vivendo aqui, me faz pensar, me faz crescer, me faz querer crescer mais e mais, amadurecer, mudar, chorar, sorrir, ser feliz, ser mais feliz, me dá vontade de pular, de gritar, de sair correndo por aí e dizer "eu consegui, eu estou vivendo um intercâmbio, 1 ano de puro aprendizado!", e, principalmente, me orgulhar disso. Tudo o que eu faço aqui só me dá vontade de nunca mais voltar para casa. Claro que bate a saudade, mas nessas horas nós só temos que parar por um momento e pensar: para quê estamos aqui? Eu pelo menos estou aqui para amadurecer, mudar, crescer, aprender, desaprender, ensinar, esquecer, brigar, chorar, rir, bater, adoecer, cair - sempre levantando logo em seguida -, e muito mais. E é isso tudo que estou fazendo. Me orgulhar de estar aqui, vivendo essa experiência que pode parecer maluca para alguns, e maravilhosa para outros, é demais, é impressionante, a ficha cai e você pensa que um dia, poderá contar as histórias para seus filhos, netos, bisnetos, filhos hospedeiros e muita mais gente. É uma história que você contará com gosto, com vontade, que você sabe que todo mundo ficará contente em ouvir. Temos que pensar que, essa é a nossa chance. A nossa chance de desfrutar o mundo sozinhos, de procurar, conhecer, pesquisar, abrir caixas e portas que mudarão a nossa vida abrindo oportunidades indescritíveis. Nunca mais teremos uma chance tão especial quanto essa, de passar 1 ano em outra cultura, outro lugar, outra língua, outras pessoas (a parte mais difícil!), sozinhos, sem quase ninguém para nos apoiarmos. Temos que viver essa experiência como se não houvesse amanhã, porque, afinal, amanhã não poderemos refazê-la, teríamos perdido momentos especiais para sempre. Somente intercambistas entendem, mas é que nessa época de fim de ano e Natal, sempre bate uma saudade e vontade de estar perto daqueles que mais te fazem bem, a sua família. Mas, e quando nós temos 3 famílias? Eu tenho a minha família verdadeira, lá no Brasil, que vem sempre em primeiro lugar em tudo, que não troco por nada, que não comparo com nada; tenho minha família hospedeira aqui na Alemanha, que é a minha segunda casa, eu me sinto em casa com eles, fui acolhida como uma filha, e sei que que jamais será esquecida por eles. Eu os considero o tanto quanto considero minha família inteira no Brasil, é uma conexão diferente e inexplicável. E tenho a minha terceira família, aquela em que eu sei que estará lá para tudo que eu precisar. Pois eles entendem o que eu sinto, passam pelas mesmas situações e me ajudam sempre. Obrigada, brasucas intercambistas que estão sempre comigo! Obrigada, família Assink, por me hospedar tão bem e me fazer querer ficar aqui para sempre! Obrigada, família Novais Cunha, no Brasil, por ser a melhor família do mundo, por ter me dado essa oportunidade maravilhosa que estou presenciando, obrigada por me manterem no mundo, obrigada por existirem! 

Obrigada a todos que eu conheci, nem que tenha sido por uma noite. A todos que eu ao menos esbarrei, lhes garanto que pode ter sido um esbarrão que tenha mudado minha vida radicalmente. A todos em que eu tive a grande oportunidade de me aproximar e, logo em seguida, desaproximar por consequência da minha viagem, eu ainda volto para o Brasil. A todos aqueles em que participaram da minha vida, nem que tenha sido por somente 1 segundo.

É isso. Obrigada. Nada mais (ok, um Feliz Natal a todos!).

Um comentário:

Professor Hilario Nous disse...

O Começo.
Vivi, toda esta experiência pode ser vista como o começo de uma nova etapa em sua vida. A mudança de ano de 2011 para 2012 é a oportunidade de mudar, sair do casulo, expandir a consciência para além dos limites até então conhecidos. Isto é importante. Expansão e consciência, dentro de uma experiência segura o suficiente para te manter bem, mas aberta também o suficiente para te permitir crescer. A miríade (gostou da palavra?) de sensações que só um jovem em um intercâmbio consegue vivenciar não pode ser registrada em palavras. Por isso sua percepção de que o texto ainda não está bom, a dificuldade de começar a escrever e a de parar depois que começa, nunca estará bom o suficiente. Porque são apenas palavras, tentando representar percepções que são muito mais sutis do que o pensamento pode enquadrar. Nenhuma foto, nenhum vídeo, nenhuma manifestação pode sequer se aproximar do que o coração absorve no simples dia-a-dia de um intercâmbio. Isto para quem está interessado em aprender, e está aberto para isto. Aproveite o dia, Carpe Diem, diziam os romanos. É isto, meu texto também não está o suficientemente bom, mas é o que temos neste momento. Um beijo grande neste Natal (nascimento) e bem vinda à vida, a sua, adulta, que agora começa. É só o princípio, e é importante. Do pai, sempre, presente.