quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

---- Vovô e vovó, prazer, sou a Victoria!

Em 1976, 28 de dezembro, para ser mais exata, houve um acidente de carro. Vivaldi (pai) e Iolanda estavam viajando de carro na estrada de Brasília para Uberlândia (MG) quando Vivaldi passou mal ao volante e o carro foi desviado para fora da estrada. Dois dias antes do reveillon, uma morte trágica de um casal bonito, com 5 filhos, amados por todos chocou a família Ribeiro Cunha. Um dos filhos, que na época tinha apenas 16 anos, tinha acabado de chegar a Belo Horizonte de ônibus, e estava dormindo quando recebeu um telefonema da tia dizendo que seus pais haviam sofrido um acidente. Sem saber da morte, o filho mais novo do casal procura seu irmão no qual estava trabalhando, mas não consegue encontrá-lo. Seu irmão Léo, citado anteriormente, recebeu um comunicado de seu gerente que seus pais haviam falecido na estrada, e foi levado de carro com um funcionário da empresa até sua casa, para encontrar seu irmão caçula Vivaldi e dar a ele a notícia do falecimento, mas, quando chega em casa, sua namorada e seu sogro já se encontram lá, eles haviam ligado para Viva e já haviam avisado-o do ocorrido. Vivaldi explica direitinho o momento em que soube da morte de seus pais: levantou do sofá, pegou o telefone e ficou em pé. Quando ouviu aquelas palavras dizendo coisas que não queria acreditar, ele paralisou, não conseguia raciocinar que tudo aquilo estava acontecendo. Isso tudo acontecendo na parte da manhã do dia 28, mais ou menos às 11 da manhã. O sogro e a namorada de Léo tiveram que alugar um avião para levar Vivaldi, Léo e seu irmão doente Helminho para Uberlândia, onde seria o enterro de seus pais. Vivaldi tinha somente 16 anos, e não tinha com quem morar, então, passou a morar com seu mais velho irmão Marcos e sua mulher, em Uberlândia. Após um ano de moradia com o irmão mais velho e sua família, Vivaldi resolve voltar a morar em Belo Horizonte, e resolve ter uma vida independente, trabalhar, ter sua vida. E foi assim que conheceu Virginia, uma doidinha mais fofinha e linda do mundo, com quem se casou mais tarde, e tiveram quatro filhos.

Essa foi a história que ouvi na viagem de carro de Uberlândia para Belo Horizonte hoje, meu pai nos contou. Não sou facilmente emocional, nem um pouco para falar a verdade... Chorei em 1 filme na vida e 1 episódio de Friends, mas chorei quando escutei a história da morte de meus avós paternos. Sempre quis conhecê-los, pois soube que eles foram um casal maravilhoso, souberam criar os filhos maravilhosamente bem, fizeram parte de uma família tradicional uberlandense, e morreram cedo, num acidente de carro na estrada. Tentei mostrar a vocês o sentimento que tive quando soube da história, mas o sentimento é indescritível, não consegui. Isso tudo é verdade, e espero que não aconteça com mais ninguém, pois meu pai conseguiu expressar a dor que ele e toda a família tiveram.

Quero explicar a demora do post, mas é final de ano, estudos e mais estudos! Agora é férias, e essa semana ainda tem post sobre Lie To Me, reveillon e Friends!

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